segunda-feira, 26 de março de 2012

Dia iternacional da Mulher (redacao)


Uneb
Pro Lucia Leiro
Comp.. Mericiana Araujo,Bianca Kapritte,Tarcisio.
TEMA :Telenovela

    A Palavra mulher será sinônimo de fraqueza ate quando?
   Esta ai uma chuva de noticias sobre violência contra a mulher, tanto física, quanto verbal e por ultimo sexual.
   Recentemente a rede record de televisão exibiu em horário mobre cenas barbáries  de violência sexual na novela chamas da vida protagonizadas por Viaviane e Felipe.Viviane vira vitima daquela velha historia de encontros marcados pela internet, conheceu Felipe , e foi abusada sexualmente, consequentemente , chantageada durante meses para manter esse silencio .
  Casos como esse acontece com muita frequencia e é escondido de uma sociedade refém do medo que é imposto na relação homem-mulher, na qual a mesma está sujeita a todo tipo de subordinação e humilhação de um homem  que ultiliza da sua "forca" criada a séculos.
  Seria utopía  dizer que basta denunciar num pais onde o dinheiro vale mais que a lei.Assusta muito mais ter um homem que passou a noite na cadeia.  

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Post 1: Filme Ó paí ó


Gênero: Comédia
Duração: 98 min
Origem: Brasil
Estréia – Brasil: 30 de Março de 2007
Direção e Roteiro: Monique Gardenberg
Produção: Augusto Casé, Paula Lavigne, Sara Silveira
Globo Filmes






Ó PAÍ Ó é um filme que retrata fatos reais do povo e da cultura baiana, fato esses que muitas vezes são acobertados por pessoas que não tem ou não querem ter nenhum tipo de compromisso com a realidade. Com essa proposta Monique Gardenberg nos apresenta  Ó pai ó, divertida comedia com Lazaro Ramos, Wagner Moura, Dirá Pais e Stênio Garcia .
O filme não segue apenas uma linha narrativa, mas fragmenta em historias de pessoas no ultimo dia de carnaval no pelourinho, tradicional ponto turista baiano, onde moram diversos "tipos" de Salvador. Caricaturas e clichês cinematográficos não são as melhores opções de marketing para mostrar o que a Bahia possui.
A ação se passa num cortiço onde moram Rock o mecânico fogoso que aspira ser cantor passando pela baiana do acarajé, a religiosa que vê no carnaval uma manifestação do diabo, a mau falada, a parteira, entre outros. O carnaval para os ricos, o candomblé, greve dos professores, guias turísticos, a violência das ruas, o fato dos gringos curtirem bunda e a americanização da linguagem do povo para poder receber os estrangeiros.
A frase dita por Daniela Mercury "Para o Nordeste o Brasil vira as costas", quer evidenciar a negligencia sofrida pelos nordestinos, uma região esquecida, quase separatista como diz Elba Ramalho na musica ‘Nordeste independente’, se essa região se emancipasse todos ganhariam. O Brasil ia ter de importar do nordeste algodão, cana, caju, carnaúba, laranja, babaçu, abacaxi, o arroz, o petróleo, a cebola, a aguardente e o sal de cozinhar. Precisa de mais?
Além de destacar o preconceito regional e a cultura baiana o filme abre os nossos olhos a prostituição nas ruas do pelourinho e ao preconceito racial ‘oculto’ que existe no País e vergonhosamente presente até mesmo na Bahia, estado com maior número de negros do Brasil, como é representado na cena a cima. Também é um protesto contra o processo de reestruturação da arquitetura do pelourinho, promovido por Antônio Carlos Magalhães que expulsou os moradores para restaurá-lo, como diz a resenha do site oficial: “O filme faz uma rasura na superfície de uma reordenação urbanística do Pelourinho que violentou territorialidades negras em tentativas vãs de embranquecimento cultural e de desafricanização dos espaços públicos de Salvador.
A graça reside no dialeto próprio dos baianos que resulta em tiradas rápidas e engraçadas, trazendo todas essas situações para o lado da comédia – usando disso um artifício para camuflá-la, e que, aliás, os baianos sabem bem como fazer.


Post 2: Conto A Cartomante






Uma seqüência de ironias e metáforas desenha o conto A Cartomante, de Machado de Assis, a quebra da expectativa de um final feliz é a principail característica da obra, pois tudo nele (já a partir da citação “há mais cousas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia”) nos prepara para um final em que o misticismo imperaria. No entanto, seu final é o mais realista e lógico. A trama gira em torno de quatro personagens principais: Vilela, Camilo, Rita e a cartomante.
Os amigos de infância Camilo e Vilela, depois de longos anos de distância, reencontram-se. Vilela casado com Rita, que mais tarde seria apresentada ao amigo. O resto é paixão, traição, adultério. Rita dar vida ao perfil feminino característico de Machado: mulheres sensuais, “dissimuladas”, ambíguas, astuciosas e principalmente adúlteras.
A trama é repleta de "conversas" que o narrador estabelece freqüentemente com o leitor, é o recurso da narrativa onisciente, para dinamizar o relato da história acentuando os momentos dramáticos do texto, mantendo o leitor atento durante todo o desenrolar do conto.  “[...] voltou Vilela da província, onde casara com uma dama formosa e tonta [...]” (p. 478). Este fragmento é irônico, pois o narrador descreve a mulher como um objeto, a única característica dada a ela no texto, é sua beleza e o fato de ser tola.
Rita e Camilo são apresentados e ganham intimidade após a morte de sua mãe. Quando sente sua atração pela esposa do amigo, tenta evitar, mas, é seduzido. Até que recebe uma carta anônima, que deixava clara a sua união com a esposa do seu amigo. Temeroso, resolve evitar contato com a casa de Vilela, o que deixa Rita preocupada e a leva a uma cartomante, achando que seu amante, Camilo, deixara de amá-la. No entanto, a cartomante já dá pistas de que é uma charlatã na passagem..“A senhora gosta de uma pessoa...” (p. 477), isso é um fato óbvio que não faz de ninguém grande descobridor.
Camilo recebe um bilhete de Vilela apenas com a seguinte mensagem: “Vem já, já”. Seu raciocínio lógico já faz desconfiar que o amigo havia descoberto tudo. Parte de imediato, mas fica preso no tráfego por causa de um acidente. Nota uma estranha coincidência: está parado justamente ao lado da casa da cartomante.
O narrador dá um sentido, mas deve-se entender que ele dá pistas, orientações que dirija o leitor a outra interpretação. A citação abaixo é dita por homens que tentavam tirar uma carroça do caminho de Camilo, daí subtende-se que essa carroça possa ter o sentido figurado de se passar pelas emoções de Camilo, ela era um obstáculo real no caminho, mas poderia ser o obstáculo que Camilo precisava passar que era o próprio orgulho, para procurar a cartomante a qual ele tanto renegara.
“_ Anda! Agora! Empurra! Vá! Vá!”
“Daí a pouco estaria removido o obstáculo” (p. 481).
Depois de um intenso conflito interior, decide consultá-la. Ouve tudo que queria, a cartomante usa frases animadoras e lhe promete felicidade no relacionamento e um futuro maravilhoso. “_ Vá, disse ela; vá, ragazzo innamorato...” (p. 482).
Ao dizer isto, pode-se concluir que ela está sendo falsa e irônica, pois o rapaz pensa que ela levantou-se rindo por gentileza, mas pode-se pensar que ela ria por satisfação de ter feito mais um tolo.
 Aliviado, assim como o tráfego, parte para a casa de Vilela, sorridente e achando-se um bobo por pensar que talvez o amigo soubesse de alguma coisa.
Assim que foi recebido, pôde ver, pela porta aberta, além do rosto desfigurado de raiva de Vilela, o corpo de Rita ensangüentado. Seria, portanto, a próxima vítima com três tiros a queima roupa do marido traído.



Post 3: Preconceito

Preconceito Regional 

Vozes da Seca

Luíz Gonzaga

Seu doutô os nordestino têm muita gratidão
Pelo auxílio dos sulista nessa seca do sertão
Mas doutô uma esmola a um homem qui é são
Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão
É por isso que pidimo proteção a vosmicê
Home pur nóis escuído para as rédias do pudê
Pois doutô dos vinte estado temos oito sem chovê
Veja bem, quase a metade do Brasil tá sem cumê
Dê serviço a nosso povo, encha os rio de barrage
Dê cumida a preço bom, não esqueça a açudage
Livre assim nóis da ismola, que no fim dessa estiage
Lhe pagamo inté os juru sem gastar nossa corage
Se o doutô fizer assim salva o povo do sertão
Quando um dia a chuva vim, que riqueza pra nação!
Nunca mais nóis pensa em seca, vai dá tudo nesse chão
Como vê nosso distino mercê tem nas vossa mãos




Cidadao

Zé Ramalho 


Tá vendo aquele edifício moço
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição, era quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado
"Tu tá aí admirado ou tá querendo roubar"
Meu domingo tá perdido, vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio que eu ajudei a fazer
Tá vendo aquele colégio moço
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Fiz a massa, pus cimento, ajudei a rebocar
Minha filha inocente vem pra mim toda contente
"Pai vou me matricular"
Mas me vem um cidadão:
"Criança de pé no chão aqui não pode estudar"
Essa dor doeu mais forte
Por que é que eu deixei o norte
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava, mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer
Tá vendo quela igreja moço, onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo, enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá foi que valeu a pena, tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse:
"Rapaz deixe de tolice, não se deixe amendrontar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra, não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas e na maioria das casas
Eu também não posso entrar" 




Preconceito Racial

 



O curta metragem "O Xadrez das Cores " (2004, 21 minutos), dirigido por Marco Schiavon. Uma mulher branca de 80 anos fica sob a guarda de uma empregada doméstica negra. A idosa não faz questão nenhuma de disfarçar seu racismo submetendo o tempo todo a empregada às mais variadas humilhações. Usa como desculpa inclusive o jogo de xadrez que ensina à empregada para ter o prazer de sempre derrota-la.
É o jogo  então que fará com que os personagens produzam reflexões que mudarão as suas vidas e, talvez, de toda uma comunidade.


Preconceito Sexual